Precisamos
de sonhos para viver. Precisamos caminhar para algum lugar ou gostar do simples
caminhar. Ou precisamos não pensar nisso para continuar caminhando. Certo é que
precisamos sempre. Talvez a vida seja apenas um desejar alguma coisa até
conquistá-la e depois recomeçar um novo ciclo de sonhos, desejos, buscas e
encontros. Depois, recomeçamos e buscamos alguma coisa mais. Alguns filósofos
diriam que isso é a angústia da vida – o desejar sempre algo que não temos -, a
insatisfação permanente que torna a vida tão sofrida e difícil.
Outros
filósofos diriam que é esse o fascínio da vida, um livro aberto, uma história
porvir, uma plêiade de possibilidades. Precisar pode trazer angústia, mas torna
a vida possível, torna momentos em algo sempre a ser construído, buscado e
renovado. Tudo depende da forma como enxergamos a busca e o precisar, mas é
certo que a completude é ilusória quando não se ama o caminhar.
Nós
precisamos precisar! No entanto, precisamos pensar no que queremos precisar.
Esse é o jogo da vida, a arte de viver, a melhor maneira de passar nossos dias
em uma eternidade que, se existisse, seria tediosa demais para o pouco que
pensamos em precisar.
É
isso que nossas crianças precisam, nossos jovens, todos nós seres humanos.
Precisamos de sonhos, de projetos, entender a existência, o que estamos
fazendo com ela, com nossa vida, com nossos dias. Precisamos pensar o que
estamos construindo em nossa existência, para não ser apenas mais um dia que
torcemos que chegue logo ao fim. Não pode ser só trabalho, só ir e vir
mecanicamente, só sobreviver em um mundo que se repete todos os dias sem
sentido.
Precisamos
pensar em qual a melhor maneira de viver, o que pretendemos fazer com nossos
dias, com nossa vida, com nossa existência, com aqueles que amamos. Precisamos
estimular nossas crianças a terem sonhos, a amar o caminhar. Foi por isso que
escrevi o livro “A melhor maneira de
viver: inquietações da razão humana”.
De
outra forma, a vida não tem razão de ser, a existência não tem projetos, o
mundo não tem valor. Aí é vida louca, onde um crime, uma droga, uma pessoa, uma
arma não importam. Onde tudo se pode porque nada tem sentido. Precisamos
construir nossa existência, criar nossos sonhos.
Rafael, está interpretação é linda, todos devíamos pensa-la em nossa vidas, tanto no âmbito familiar quanto profissional, neta encontramos princípios de forma implícita que melhorariam não só a vida particular de cada ser humano, mas também a vida coletiva.
ResponderExcluirComo leitor do seu Blog, me agrada muito essas reflexões, continue assim.
Abraço
Parabéns..muito bonito....Gerson
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